Luta pela terra

Parlamentares visitam, nesta sexta, vigília do MST contra despejos no Paraná

A mobilização cobra o direito à terra e à moradia para as mais de 7 mil famílias acampadas no estado

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
A mobilização dos agricultores e agricultoras acampadas começou no dia 28 de dezembro de 2019, e se manteve diariamente entre 10h e 15h, às margens da BR 277, KM 557 - Paulo Porto

Parlamentares visitam, nesta sexta-feira (6), a “Vigília Resistência Camponesa: por terra, vida e dignidade”, encampada por famílias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Cascavel, no Paraná, contra os despejos no estado.

Entre 12h e 14h, os deputados federais Gleisi Hoffmann, Enio Verri e Zeca Dirceu; o deputado estadual professor Lemos; e o vereador por Cascavel Paulo Porto. Durante a visita, haverá a entrega do “Voto de louvor” à vigília, que foi proposto por Porto na Câmara Municipal.

A mobilização dos agricultores acampados começou no dia 28 de dezembro de 2019 e se manteve diariamente, entre 10h e 15h, às margens da BR 277, km 557. A ação teve início para denunciar os despejos e ataques do governador Ratinho Júnior (PSD) contra três comunidades: Resistência Camponesa, Dorcelina Folador e 1º de Agosto, localizadas no complexo de fazendas Cajati. Os acampamentos existem há cerca de 20 anos e são formados por 212 famílias, um total de 800 pessoas, entre elas aproximadamente 250 crianças.

No último mês, a vigília tem passado por uma ampliação do seu objetivo: além de reivindicar a permanência das famílias acampadas em Cascavel, passa a divulgar e cobrar o direito à terra e à moradia para as mais de sete mil acampados em cerca de 80 ocupações rurais no estado. Em 2019, o governo do Paraná despejou nove acampamentos, deixando mais de 500 famílias sem moradia e local de produção.

 

Fonte: BdF Paraná

Edição: Camila Maciel e Lia Bianchini