O ministro da Saúde da Argentina, Ginés Gonzales Garcia, confirmou nesta terça-feira (03/03) o primeiro caso de coronavírus no país.
Segundo Garcia, um homem de 43 anos está internado em uma clínica particular em Buenos Aires, capital argentina. O ministro disse que o paciente voltou de viagem da Europa, onde passou por Milão, Roma e Barcelona e chegou no país no último domingo (01/03).
"Temos o primeiro caso de coronavírus confirmado no país. É um paciente que veio de fora, da Itália. Estamos trabalhando, como desde o primeiro dia, cumprindo com todos os protocolos", afirmou Garcia.
O Ministério da Saúde do país não tinha confirmado nenhum caso suspeito até esta terça-feira. A secretária de Acesso à Saúde, Carla Vizzoti, afirmou que o estado clínico do paciente é estável e está cumprindo todas as recomendações.
"Está em bom estado clínico e internado para cumprir as recomendações das fases de contenção que são do isolamento", disse.
Até o momento, na China, país com a maior concentração do coronavírus, 2,9 mil pessoas já morreram e 120 em outros países do mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que há 433 suspeitos e dois casos confirmados.
América Latina
Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde do Equador confirmou que o número de contaminados subiu para sete pessoas. Todos os casos estão relacionados com uma mulher de 71 anos que retornou ao país após uma viagem à Espanha.
Outras suspeitas que tiveram contato com a paciente deram negativo para o teste do vírus. No entanto, o Ministério ampliou as medidas preventivas para outras 177 pessoas.
O ministro da Saúde da Bolívia, Aníbal Cruz, afirmou que o país descartou duas suspeitas de infeccção. Cruz ainda disse que a Bolívia está preparada para detectar, isolar e tratar a doença. "Até o momento, descartamos dois casos suspeitos, graças ao plano de resposta intersetorial que implementamos".
Na Colômbia, o governo aumentou o risco de contaminação de moderado a alto, embora não haja nenhum caso confirmado. Guatemala, Uruguai, Paraguai, Venezuela e El Salvador também não registraram casos.
Como medida de controle sanitário, o Chile determinou que, desde segunda-feira (02/03), todos os passageiros que cheguem ao país façam uma declaração jurada sobre seu histórico de viagem dos últimos 30 dias e seu estado de saúde.
A subsecretária de Saúde Pública chilena, Paula Daza, afirmou que o país vem se preparando para essa situação, tomando medidas de vigilância, fortalecendo hospitais e as redes de diagnóstico.
“Até o momento, tivemos cerca de 500 pessoas em acompanhamento, das quais cerca de 200 já completaram o período de quarentena e foram liberados a retomar suas vidas normais", disse.
*Com teleSur e Agência Brasil.
