Em casa

Senador Cid Gomes tem alta hospitalar sem retirar balas alojadas no corpo

Com policiais amotinados, Ceará vive onda de violência e já registra mais de 100 assassinatos

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Cid Gomes agradeceu a equipe médica em um vídeo publicado na rede social. - Foto: Reprodução

O Senador licenciado Cid Gomes deixou o hospital nesse domingo (23), após cinco dias internados com duas perfurações de arma de fogo no peito. De acordo com a assessoria do parlamentar, Cid vai continuar com alguns cuidados em casa, na cidade de Fortaleza (CE), e que não chegou a passar por cirurgia para retirar os projéteis alojados no corpo.

O senador vai realizar fisioterapia respiratória e fazer uso de antibióticos para restabelecer plena função pulmonar. No sábado, Cid foi submetido a um exame de raio-x que confirmou a existência dos projéteis, um alojado ao lado da costela e outro no pulmão esquerdo.

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Em sua rede social, ele agradeceu à equipe médica do Hospital do Coração de Sobral, onde foi levado para atendimento emergencial e a equipe da Santa Casa de Misericórdia. "Quero me comprometer a poder, no futuro, ajudar, retribuir, buscando mais recursos e equipamentos para que esse hospital possa salvar mais vidas como salvou a minha".

O senador Cid Gomes foi alvejado na última quarta-feira (19), quando tentava avançar com uma escavadeira contra um grupo de policiais amotinados em um batalhão em Sobral, no Ceará. Os PMs reivindicam melhoria salarial para a categoria. 

Violência

O Ceará já registra mais de cem assassinatos desde o início do motim policial. Somente entre sábado (22) e a manhã deste domingo (23), foram 15 mortes formalizadas em delegacias de polícia do estado. O último balanço oficial da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará trouxe o número de 88 homicídios, desde o início do motim, na quarta-feira (19). 

Neste sábado (22), 167 policiais foram afastados pelo governo, acusados de participarem dos motins. O órgão vai abrir processo administrativo para investigar a atuação dos agentes durante os 120 dias de baixa. 

Edição: Camila Salmazio