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Em Pernambuco, Petroleiros em greve vão distribuir gás de cozinha a R$ 35 em protesto

Na Refinaria Abreu e Lima, trabalhadores são impedidos de entrar para checar condições de segurança

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Está previsto para a quinta (12), uma ação social onde vouchers de gás de cozinha serão vendidos a preço de custo - Sindipetro MG

Desde o início de fevereiro, os petroleiros de Pernambuco estão em greve nacional contra a demissão de mais de mil trabalhadores em subsidiárias da Petrobras e também contra o descumprimento de cláusulas do  Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Nessa terça (11), diretores do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro PE/PB) e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tentaram entrar na Refinaria Abreu e Lima para a troca de efetivo, mas foram impedidos, como relata o coordenador geral do Sindipetro, Rogério Almeida “Tentamos realizar a troca de efetivo, conforme a decisão liminar do juiz Ives Gandra, mas para cumprir a decisão, seria necessário averiguar as condições de segurança, para não colocar em risco a vida dos trabalhadores que iriam entrar na empresa sem saber as condições”. 


Está previsto para a quinta (13), uma ação social onde vouchers de gás de cozinha possibilitarão obter botijões de gás por R$ 35,00. A ação também aconteceu em Minas Gerais, a partir de uma iniciativa do Sindipetro MG, que distribuiu botijões a preços baixos na Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte. “A proposta é chamar atenção para o preço justo do gás de cozinha, que deveria ser esse se a gente não tivesse sujeito à cotação do dólar e do preço do barril de petróleo mundial, apenas o nacional”, explica Rogério. A distribuição dos 200 vouchers acontece a partir das 10h na Rua Boa Esperança, 115, Vila Rica, em Jaboatão dos Guararapes. É necessário levar um botijão vazio.


Nacionalmente, o balanço da Federação Única dos Petroleiros é positivo. Mais de 100 unidades ligadas ao Sistema Petrobrás já aderiram à greve. A FUP e seus sindicatos também ingressaram com recurso junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), solicitando que o ministro Ives Gandra reconsidere as decisões tomadas favoráveis à gestão da Petrobras, permitindo contratações temporárias e bloqueando as contas dos sindicatos. Além disso, no dia 17, está previsto o dissídio coletivo da categoria na Justiça do Trabalho, diante do impasse nas negociações com a empresa.

Edição: Monyse Ravena