O objetivo do MPF é amedrontar, calar e paralisar as pessoas
O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal (DF), em Brasília, fez uma denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald, acusando-o de participar das ações que interceptaram e hackearam áudios e mensagens de membros da Lava Jato.
O fato não só é lamentável, como também gravíssimo. A acusação se desmonta em uma primeira análise, porque as provas que o Procurador diz ter -- e que foram expostas por ele -- mostram exatamente a inocência do jornalista Glenn, que em momento nenhum participou da ação.
A única coisa que ele fez foi, como jornalista, ao tomar conhecimento -- dentro do que determina a legislação brasileira --, divulgar estes fatos para o conhecimento geral da população.
Lamentavelmente não é a primeira acusação infundada.
Este procurador é o mesmo que recentemente denunciou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que teve a sua denúncia inepta barrada pelo Poder Judiciário.
Agora, o ato do MPF não é somente contra o Glenn, é contra a liberdade de expressão e de imprensa. O objetivo é amedrontar, calar e paralisar as pessoas.
Diante desse fato absurdo e gravíssimo, inúmeras entidades representativas do segmento jurídico, dos jornalistas e dos setores democráticos publicaram notas, não só de solidariedade ao jornalista, mas também repudiando esse fato absurdo e despropositado e essa atitude parcial desse membro do MPF do DF.
Creio que nós precisamos analisar daqui pra frente como deveremos continuar reagindo às atitudes do governo brasileiro, porque notas todos os dias temos, principalmente diante de fatos absurdos como esse.
Enquanto eles publicam e fazem ações despropositadas, descabidas, ilegais, ditatoriais, a equipe econômica segue surfando Brasil e mundo afora. Neste momento o ministro da economia do Brasil está em Davos dizendo que o combate à corrupção deve ser feito a partir de uma privatização geral no Brasil. Ou seja, nós, da esquerda brasileira que defendemos os movimentos sociais importantes, nós precisamos saber agir e reagir contra todos estes absurdos que acontecem no Brasil.
E a forma de agir e reagir é estar perto da população brasileira, dialogando, mobilizando e conscientizando o povo.
Fica aqui minha solidariedade ao Glenn e mais do que isso, meu chamamento à mobilização popular.
Edição: Rodrigo Chagas
