Crime ambiental

Comandante da Marinha afirma que não tem pistas de quem vazou óleo no litoral

Leonardo Puntel disse que há três inquéritos em curso, mas que por enquanto só há indícios sobre o poluidor

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Trabalhadores questionam as regras do governo para receber o auxílio emergencial
Trabalhadores questionam as regras do governo para receber o auxílio emergencial - Marcos Rodrigues/AFP/ADEMAS

O comandante de Operações Navais da Marinha, Leonardo Puntel, afirmou em entrevista à Rádio CBN, na quinta-feira (5), que o governo ainda não tem pistas de quem causou o vazamento do óleo que chegou à costa do Nordeste e do Sudoeste.

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Segundo o oficial, há três investigações em curso – incluindo um inquérito da Polícia Federal (PF). No entanto, nenhum suspeito foi identificado por enquanto.

“Todos os três inquéritos são realizados para a gente tentar chegar exatamente no poluidor, no causador desse crime ambiental. Todos os esforços estão sendo feitos. No momento, nós temos indícios, apenas”, declarou Puntel.

Também é incerto, até agora, o dano causado ao turismo do Nordeste, de acordo com o diretor de Políticas e Ações Integradas do Ministério do Turismo, Luciano Puchalski. Ele comentou que o prejuízo estimado é de 3% em relação à arrecadação dos municípios. “O prejuízo não é tão grande quanto a gente fala”, disse.

Prejudicados pelos vazamentos, pescadores e marisqueiras questionam as regras para o auxílio emergencial proposto pelo governo. Na quarta-feira (04), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a liberação de R$ 1.996 para trabalhadores prejudicados pelo desastre.

A secretária-executiva nacional da Pastoral dos Pescadores, Ormezita Barbosa, disse que a maioria dos pescadores e marisqueiras está desamparada porque não tem o Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), exigido para a liberação do auxílio.

A Secretaria da Pesca reconheceu que o registro exigido dos pescadores é falho e disse que o governo preparava um recadastramento para 2020, mas foi surpreendido pelo desastre. Dessa forma, precisou atender emergencialmente os cadastrados.

Edição: Luiza Mançano