O número de desempregados no Brasil caiu, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (19), referentes ao terceiro trimestre de 2019. No entanto, esse aumento está vinculado à ampliação de postos de trabalho informais ou formais precários, que já bateu o recorde da série histórica.
Por um lado, os dados revelam o caráter informal e precário do mercado de trabalho, o que pode ser lido como um reflexo da reforma trabalhista no Brasil. Por outro, o desemprego ainda assusta com 12,4 milhões de pessoas desocupadas e com índices maiores para pretos e partos.
A taxa média nacional de desocupação no período foi de 11,8%. Para pretos e pardos, o percentual foi de 14,9% e de 13,6%, respectivamente. Os pretos foram o único segmento em que a desocupação cresceu, em comparação com o segundo trimestre de 2019, quando foi registrada em 14,5%. Por outro lado, entre aqueles que se declaram brancos, a desocupação caiu de 9,5 para 9,2%, no mesmo período.
No primeiro trimestre de 2012, quando se iniciou a série histórica, a média nacional era de 7,9%. Naquela ocasião, pretos e pardos registraram desocupação de 9,6% e 9,1%.
Recorte por gênero
Em todas as grandes regiões, a taxa de desocupação é maior entre as mulheres. Ao passo que entre os homens a desocupação é de 10%, entre as mulheres é de 13,%, acima da média nacional. A maior desocupação entre as mulheres foi registrada nas regiões Nordeste – 16,7% – e Sul – 9,8%.
O rendimento mensal dos homens também foi maior do que o das mulheres. Enquanto a população do sexo masculino teve uma renda média mensal de R$ 2.540,00, as mulheres ficaram com cerca de apenas R$ 2.000,00.
Dados gerais
Apenas o estado de São Paulo apresentou recuo – de 0,8% – na taxa de desocupação, em comparação com o segundo trimestre de 2019. No mesmo período, em Rondônia, houve um aumento de 1,5% e, nos outros estados, as taxas permaneceram estáveis.
Em relação ao primeiro trimestre do ano, a taxa diminuiu em São Paulo, Alagoas e Sergipe, aumentou em Goiás e Mato Grosso e apresentou estabilidade nas outras 22 unidades da federação.
Em números não comparativos, as taxas de desocupação mais expressivas foram constatadas na Bahia (16,8%), Amapá (16,7%), e Pernambuco (15,8%); e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8,0%).
Edição: Julia Chequer