O deputado federal pelo Psol, Marcelo Freixo, lançou sua pré-candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro no último sábado (9). Segundo informações da Carta Capital, o parlamentar estaria à frente de uma coligação inédita com apoio de partidos do campo progressista como o Partido dos Trabalhadores, Partido Verde, e, possivelmente, a Rede e o PCdoB.
A expectativa é viabilizar uma alternativa à esquerda para a cidade do Rio, em contraponto ao governo federal de extrema-direita. “Precisamos construir uma frente ampla para derrotar o fascismo!”, escreveu Freixo no seu perfil oficial do Facebook. Ainda não há definição sobre quem sairá como vice na chapa.
Na avaliação do cientista político Josué Medeiros, diante do desgaste e da queda de popularidade do governo Bolsonaro, as eleições municipais podem apontar um cenário mais otimista até 2022. Em entrevista ao Programa Brasil de Fato RJ, Medeiros também ressaltou a importância de dialogar com regiões mais pobres da cidade.
“Abre-se uma janela de oportunidade política para fazer do ano que vem a prévia de uma virada. Com a vitória, teremos uma vitrine para experimentar políticas públicas e constituir uma dinâmica democrática diferente”, disse o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“A eleição municipal é do poder mais próximo, que o cidadão sente no dia a dia. Essa frente ampla precisa ter um programa para a cidade toda e superar a dificuldade de chegar na zona oeste e nos setores mais pobres. É preciso olhar para a complexidade da nossa cidade partida. O desafio da eleição majoritária é sair do próprio nicho e falar para mais gente. Acho que o Freixo e os partidos progressistas têm consciência disso”, complementa.
Apoio de Lula
No seu primeiro discurso, que aconteceu sábado (9), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou Marcelo Freixo diversas vezes e elogiou o trabalho do parlamentar. Lula chegou a defender que Freixo fosse acompanhá-lo numa caravana pelo Brasil. “Eu estou disposto a voltar a andar por esse país junto com [Fernando] Haddad, [Marcelo] Freixo, Benedita [da Silva], Gleisi [Hoffmann] e líderes sindicais”, disse o ex-presidente.
Edição: Vivian Veríssimo