Debater o racismo estrutural no Brasil através do cinema. Esta é a proposta do “Cinema Crítico”, evento promovido pelo Instituto Ensaio Aberto, que acontece nesta quarta-feira (13), no Armazém da Utopia. Em sua segunda edição, o evento vai abordar a política de genocídio aplicada nas periferias brasileiras como política de governo.
A programação conta com a exibição de documentários como: “Chacina nas periferias”; e o curta “Terra das chacinas – Exceção Permanente”, produzido pelo Brasil de Fato e pela produtora Pavio. Após a exibição dos filmes serão realizados debates com pesquisadores do tema e organizações sociais. A atividade também conta com o apoio do Instituto Herrera Flores.
A coordenadora do evento, Gisele Ricobom, conversou com o Brasil de Fato, e falou sobre a importância de debater o racismo estrutural no Brasil. “Temos interesse em promover esse debate sobre questão racial que é transversal, pois perpassa todas as questões de direitos humanos. O cinedebate tem o propósito de discutir o genocídio da população pobre e negra, especialmente morador de periferia e das favelas”, explica. “São políticas racistas que devem ser debatidas e compreendidas pelas pessoas que percebem o quanto isso tem prejudicado o desenvolvimento do país e vitimado a população jovem e negra”, acrescenta.
O Cinema Crítico é o quinto evento realizado no projeto “Cultura, Direitos Humanos e Pensamento Crítico”, que engloba fóruns temáticos com intervenções artísticas, cinedebates, seminário, curso de formação em pensamento crítico, vídeo e lançamento de livros sobre temas de direitos humanos.
O Armazém da Utopia fica na zona portuária do Rio de Janeiro, próximo ao AquaRio. O evento começa às 19h, inscrições podem ser realizadas pelo site: www.sympla.com.br/companhiaensaioaberto ou whatsapp: (21) 989092402.
Edição: Vivian Virissimo