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Reportagem do Brasil de Fato sobre Chico Mendes ganha menção honrosa no Prêmio Herzog

Série de quatro matérias sobre serigueiros em Xapuri (AC) concorreu na categoria Produção Jornalistica de Áudio

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Chico Mendes foi assassinado em Xapuri em dezembro de 1988, mas deixou legado de luta
Chico Mendes foi assassinado em Xapuri em dezembro de 1988, mas deixou legado de luta - Arquivo

A reportagem Chico Mendes, a voz que não cala, produzida pelo Brasil de Fato, ganhou Menção Honrosa do 41º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, categoria Produção Jornalística em Áudio. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (11). O trabalho vencedor nesta categoria foi “LGBTfobia: Medo de quê?”, produzido pela Rádio CBN.

O Vladimir Herzog é uma das premiações mais importantes do jornalismo brasileiro. A cerimônia de entrega dos prêmios será no próximo dia 24 no teatro Tucarena (Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes – São Paulo), a partir das 20h.

Chico Mendes

A reportagem premiada do Brasil de Fato narrou, em quatro audiodocumentários, a vida de trabalhadores de reservas extrativistas 30 anos depois do assassinato de Chico Mendes, ocorrido em 22 de dezembro de 1988. A série de matérias também focou no legado do líder seringueiro para os povos da floresta.

A jornalista Sarah Fernandes, uma das responsáveis pelo material e indicada ao prêmio, foi a Xapuri com o fotógrafo e produtor Danilo Ramos e conviveu com seringueiros por uma semana. Lá, os dois acompanharam o dia a dia de trabalhadores na Reserva Extrativista Chico Mendes e conversaram com pessoas que lutaram ao lado do seringueiro.

“A luta principal de Chico Mendes era pela qualidade de vida das populações seringueiras. A preservação da floresta era muito importante, pela questão ambiental, mas sobretudo para manter a qualidade de vida dessas populações. A grande luta era para que o seringueiro tivesse acesso à educação, à saúde, à renda fixa mensal através do trabalho dele.”

Sarah também destaca que o resultado do audiodocumentário é fruto de um trabalho coletivo. Além da jornalista e do fotógrafo Danilo Ramos, a equipe foi formada pela também fotógrafa Denise Zmekhol; pela jornalista Daniela Stefano, responsável pela edição; pelos operadores de áudio e sonorização Jorge Mayer e Adilson Oliveira; e pelo ilustrador Lucas Milagres.

Prêmio

O prêmio existe desde 1979 e é concedido a trabalhos que valorizam a democracia e os direitos humanos. Este ano, a premiação bateu o recorde histórico de inscrições, com 692 produções em seis categorias.

Edição: João Paulo Soares