Na próxima quinta-feira (3), movimentos populares, representantes de centrais sindicais e trabalhadores voltam às ruas de todo país para protestar contra a decisão do governo Bolsonaro de privatizar 17 empresas públicas. A data escolhida como "Dia de luta e luto pelo Brasil" é simbólica porque marca o aniversário de 66 anos da Petrobras. Neste ano, a estatal completa mais um ano em meio ao desmonte com a venda de refinarias e distribuidoras.
No Rio de Janeiro, o protesto está sendo organizado pelas organizações Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo e tem por objetivo unificar diversas categorias de trabalhadores. Além da pauta das privatizações, a manifestação tem como tema os cortes na educação, o desemprego e a destruição da Amazônia. Também pretende debater sobre a política de segurança pública implementada no estado, com a participação das entidades que integram o movimento "Parem de Nos Matar".
"Estamos unificando todas as pautas por entender que é um momento de estar em luta pelo Brasil para que a gente não continue de luto por todos nós no futuro próximo", explicou Maria Eduarda Quiroga, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em entrevista ao Programa Brasil de Fato RJ.
A concentração para o ato no Rio acontecerá, a partir das 16h, em frente ao prédio da Eletrobras, localizado na esquina das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no centro da cidade. O protesto seguirá caminhada pela Rio Branco até o chamado "quadrilátero das estatais", na avenida Chile, onde ficam as sedes da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal.
Parlamentares como Talíria Petrone (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB) e Benedita da Silva (PT) confirmaram presença no ato. Fernando Haddad, ex-candidato a presidência, e João Pedro Stédile, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também estarão presentes.
*Entrevista: Raquel Júnia | Texto: Clívia Mesquita
Edição: Mariana Pitasse