Rio de Janeiro

PRISÃO

No Rio, ex-governadores Garotinho e Rosinha são presos

Casal é acusado de superfaturar cerca de R$ 62 milhões em contratos licitatórios em Campos dos Goytacazes

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Além de Garotinho e Rosinha, outras três pessoas acusadas de participação no esquema foram presas nesta terça-feira (03)
Além de Garotinho e Rosinha, outras três pessoas acusadas de participação no esquema foram presas nesta terça-feira (03) - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Na manhã desta terça-feira (03), o casal de ex-governadores, Anthony Garotinho (sem partido) e Rosinha Garotinho (Patriota), foi preso em seu apartamento no bairro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro.

Garotinho e Rosinha são acusados de superfaturar cerca de R$ 62 milhões  em contratos licitatórios em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. De acordo com as investigações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ), entre 2009 e 2016, período em que Rosinha Garotinho esteve a frente da prefeitura do município, o casal teria participado de um esquema que beneficiava a construtora Odebrecht em procedimentos licitatórios para a construção dos conjuntos habitacionais na região.

Ainda segundo o Ministério Público, Garotinho era identificado pelos apelidos de “bolinha”, “bolinho” e “pescador” nas planilhas de pagamento da empresa. Os bastidores dos contratos foram revelados após declarações de dois executivos da empresa em acordo de colaboração no âmbito da Lava Jato: os denunciados Leandro Andrade Azevedo e Benedicto da Silva Junior. A promotora Simone Sibilio, subcoordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público explicou que as prisões preventivas eram necessárias para preservar as investigações.

Além de Garotinho e Rosinha, outras três pessoas acusadas de participação no esquema foram presas nesta terça-feira. São eles: Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes, Sérgio dos Santos Barcelos e Gabriele Trindade Quintanilha. De acordo com a promotoria, os três eram intermediários da propina que era entregue ao casal. Todos os envolvidos ocupam cargos públicos.

Defesa

Pela rede social a defesa do casal afirmou que irá recorrer a decisão e que “a prisão determinada pela segunda vara criminal de Campos é ilegal, infundada e se refere a supostos fatos pretéritos”. Segundo a defesa, “a prefeitura de Campos pagou apenas pelas casas efetivamente prontas e entregues pela construtora Odebrecht". 
 

Edição: Jaqueline Deister