O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira (22) que os incêndios na Amazônia representam uma "crise internacional" e convocou os membros do G7 para discutir o tema na próxima cúpula do grupo, que acontece no próximo sábado (31).
"Nossa casa está queimando. Literalmente. A floresta amazônica -- os pulmões que produzem 20% do oxigênio do planeta -- está em chamas. Isso é uma crise internacional. Membros da Cúpula do G7, vamos discutir essa emergência com prioridade em dois dias", disse o mandatário pelo Twitter.
Os incêndios na Amazônia também repercutiram na Alemanha. No último final de semana, três grandes jornais do país -- Der Spiegel, Die Zeit e Frankfurter Allgemeine Zeitung -- publicaram editoriais sugerindo que o governo alemão imponha sanções contra o governo do presidente Jair Bolsonaro em retaliação pelo descaso com o combate ao desmatamento.
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"Chegou a hora de se pensar em sanções diplomáticas e econômicas contra o Brasil. Os produtos agrícolas brasileiros devem desaparecer dos supermercados da UE se não for possível comprovar que foram produzidos em condições ambientalmente justas. Os poderosos grandes fazendeiros, que apoiam decisivamente Bolsonaro, devem sentir que sua atitude tem um preço. Porque seu ídolo não só inflige danos imensuráveis a seu próprio país, mas ao mundo todo”, publicou o Der Spiegel.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou um crescimento de 83% nas queimadas desde o início de 2019, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Vale destacar que a Alemanha era, junto da Noruega, um dos principais investidores do Fundo Amazônia e congelou os repasses por acreditar que o governo não adota o combate ao desmatamento como compromisso.
ONU
O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, disse nesta quinta-feira estar "muito preocupado" com os incêndios na floresta amazônica. A afirmação foi feita em uma postagem no Twitter.
"Estou profundamente preocupado pelos incêndios na floresta amazônica. No meio de uma crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma importante fonte de oxigênio e biodiversidade. A Amazônia deve ser protegida", escreveu.
Edição: Opera Mundi