Na manhã desta terça-feira (20), um ônibus foi sequestrado em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, e o homem que fazia os passageiros de reféns, com uma arma de brinquedo, foi morto por atiradores de elite da Polícia Militar na Ponte Rio-Niterói. Minutos após a execução, o governador do estado Wilson Witzel (PSC) chegou até o local de helicóptero, abraçou policiais e comemorou a ação.
O governador se referiu à operação como um "sucesso" e comparou a outras operações policiais nas comunidades, onde pelo menos cinco jovens foram mortos, em seis dias, vítimas de bala perdida na última semana.
"Foi um trabalho de excelência. Se a PM não tivesse abatido o criminoso, muitas vidas não teriam sido poupadas, e é isso que está acontecendo nas comunidades: se a polícia puder abater quem está de fuzil, muitas vidas serão poupadas", afirmou à imprensa.
Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) também comemorou a execução do homem que fazia os passageiros do ônibus de reféns e afirmou que "não tem que ter pena".
"Parabéns aos policiais do Rio de Janeiro pela ação bem sucedida que pôs fim ao sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói nesta manhã. Criminoso neutralizado e nenhum refém ferido. Hoje não chora a família de um inocente", escreveu.
Sequestro
O sequestro do ônibus começou por volta das 5h30 e durou cerca de quatro horas. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Corpo de Bombeiros cercaram o veículo que ficou parado na altura do Vão Central da ponte Rio-Niterói. A arma usada pelo homem que fazia os passageiros de reféns era de brinquedo.
Os 37 passageiros foram libertados por volta das 10h - nenhum deles ficou ferido. Antes disso, a ponte foi totalmente interditada. Nas redes sociais, circularam fotos de pessoas jogando bola e vendendo e consumindo alimentos enquanto esperavam a liberação do trânsito.
Edição: Mariana Pitasse