FUTEBOL FEMININO

Com gol de Marta, Brasil vence Itália e avança às oitavas na Copa do Mundo da França

A craque do time foi decisiva ao comandar o meio-campo brasileiro e ao cobrar o pênalti que deu a vitória à seleção

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Marta celebra o gol da vitória brasileira, seu segundo gol nesta Copa
Marta celebra o gol da vitória brasileira, seu segundo gol nesta Copa - Foto: Philippe Huguen / AFP

Em partida equilibrada disputada na cidade de Valenciennes, pela rodada decisiva do grupo C, a seleção brasileira venceu a Itália por 1 a 0, e avançou para as oitavas de final da Copa do Mundo de futebol feminino.

As melhores chances do jogo foram brasileiras e o gol da vitória foi anotado aos 29 minutos do segundo tempo, pela camisa 10 Marta, em cobrança de pênalti.

Marta marcou seu 17º gol em 18 jogos de Copas do Mundo e se tornou a maior artilheira dos mundiais masculino e feminino, superando o atacante alemão Klose, que fez 16 gols.

Destaque para a atuação da meia Debinha, que protagonizou a arrancada que gerou o pênalti cobrado por Marta. No primeiro tempo, Debinha quase marcou de letra, num dos lances mais plásticos da partida.

A baixa da seleção para o jogo foi a experiente meio-campista Formiga, que ficou de fora suspensa com dois cartões amarelos. Ludmila foi a escolhida pelo técnico Vadão para a vaga de Formiga. 

A atacante jogou como ponta direita e fez um primeiro tempo discreto, errando alguns passes, mas recuperou-se na segunda etapa, com boas arrancadas pela direita e empenho na marcação.

Ainda sem as melhores condições físicas, as craques Marta e Cristiane foram substituídas durante o segundo tempo.

Contando com a volta de Formiga, a seleção brasileira avança para as oitavas de final. O Brasil deve enfrentar França ou Alemanha, a depender dos resultados desta terceira rodada nos próximos dias.

Primeiro tempo equilibrado

Brasil e Itália fizeram um bom jogo na primeira etapa. Destaque para boas atuações das duas camisas 10. A brasileira Marta e a italiana Girelli comandaram o setor de meio de campo de suas seleções, que tiveram boas chances de abrir o placar.

As primeiras oportunidades brasileiras surgiram de tramas pela esquerda, com as investidas da lateral Tamires. Mas a melhor chance brasileira veio aos 17 minutos, em uma série de escanteios cobrados por Marta. Na primeira cobrança, a camisa 9 Debinha desviou de letra, no lance mais plástico da primeira etapa. A goleira italiana Giuliani espalmou para escanteio.

Na segunda cobrança, Marta quase fez um gol olímpico, novamente evitado pela intervenção da goleira. No terceiro e último escanteio da sequência, Marta surpreendeu alçando a bola na segunda trave. A zagueira Kathellen cabeceou para fora.

Aos 39 minutos, a Itália teve sua melhor chance de marcar. Girelli comandou um contra-ataque, conduzindo a bola com velocidade desde o meio-campo. A jogada terminou com a finalização da atacante Bonansea e a defesa a queima roupa da goleira Bárbara.

As laterais Bertoli, pela Itália, e Letícia, do Brasil, receberam cartões amarelos.

Segundo tempo: superioridade técnica e vitória brasileira

O Brasil teve as melhores chances do início do segundo tempo. Logo aos 6 minutos, a meia Andressinha acertou o travessão italiano ao cobrar falta de dentro da meia-lua da grande área.

Aos 11 minutos, após uma falta cobrada na área italiana, Kathellen subiu no meio de três defensoras e cabeceou para o gol. A bola raspou a trave direita da goleira Giuliani.

Ludmila fez grande jogada pela direita, aos 20, ganhando na corrida da lateral Bartoli. Bia, que tinha acabado de entrar no jogo substituindo à artilheira Cristiane, desviou de canhota, mas não conseguiu acertar o gol.

Aos 27 minutos, o Brasil acertou uma bela trama de passes na saída de jogo pela esquerda. Debinha recebeu livre arrancou rumo à área italiana. Terminou derrubada pela zagueira Linari. Marta cobrou com precisão e abriu o placar para a seleção Brasileira. Foi seu segundo gol no mundial, o segundo em cobranças de pênalti. 

O Brasil manteve o domínio até o fim da partida e esteve mais próximo do segundo gol do que a Itália do empate.

Edição: Rodrigo Chagas