O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa de seu ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro, durante pronunciamento nesta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto.
O ex-capitão reformado do exército não havia se pronunciado até o momento sobre a questão e encerrou uma coletiva nesta semana ao ser perguntado sobre o caso.
Quase cinco dias após o vazamento do The Intercept Brasil, Bolsonaro afirmou que o vazamento foi “criminoso” e que "o que ele [Moro] fez não tem preço. Ele realmente botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção”.
"Se vazar o meu [celular] aqui tem muita brincadeira que eu faço com colegas que vão me chamar de louco e tudo aquilo que me chamavam durante a campanha. E houve uma quebra criminosa, uma invasão criminosa. Se o que tá sendo vazado, é verdadeiro ou não", disse o pesselista.
Ao ser perguntado sobre o conluio judicial entre procurador e juiz, o presidente tergiversou: "Normal é conversa com doleiro, com bandidos, com corruptos, isso é normal? Nós estamos unidos do lado de cá para derrotar isso daí. Ninguém forjou provas nesta questão do Lula".
No entanto, o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido criticado por juristas por ter funcionado à revelia das provas, ficando conhecido por se valer do “domínio do fato”, exemplificado pelo depoimento à época do procurador Deltan Dallagnol, que disse: “não tenho provas, mas tenho convicção”.
Edição: Pedro Ribeiro Nogueira