O vai e vem nas pontes internacionais Simón Bolívar, Unión e Santander, entre a Venezuela e a Colômbia, voltou a ser liberado no último sábado (8). O governo venezuelano reabriu as três passagens migratórias do estado de Táchira, na fronteira com Cúcuta, na Colômbia.
A abertura havia sido anunciada pelo presidente Nicolás Maduro, na sexta-feira (7). "Em pleno exercício de nossa soberania, ordenei a abertura dos postos de fronteira com a Colômbia no Estado de Táchira, a partir deste sábado, dia 8 de junho. Somos um povo de paz que defende firmemente nossa independência e autodeterminação ", escreveu o chefe de Estado em sua conta no Twitter.
A fronteira com a Colômbia foi fechada por razões de segurança, no dia 22 de fevereiro deste ano, quando o deputado da Assembleia Nacional, Juan Guaidó liderou uma ação que tinha como objetivo entrar com caminhões carregados com suposta ajuda humanitária, que acabaram incendiados pelos próprios apoiadores de Guaidó.
Novo sistema de segurança
O governo também alterou o sistema de segurança e de trânsito migratório nos locais. Os venezuelanos, residentes da região, que cruzam a fronteira colombiana com frequência para fazer compras, até então, usavam uma identidade fronteiriça, emitida pelas autoridades municipais. Agora o documento, de uso obrigatório, será emitido pelo Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeira (Saime), que tem uma base de dados mais ampla e maior capacidade operativa. Além, disso foi criada uma polícia migratória específica para fiscalizar essa zona, com efetivo de 117 policiais.
“O sistema de cadastro das pessoas passam que passam frequentemente pela fronteira será progressivo. Teremos um sistema biométrico, de modo que as pessoas que cruzam frequentemente estarão todas registradas e identificadas nesse sistema”, informou o representante do governo nacional para o estado de Táchira, Freddy Bernal.
A instalação do novo sistema deve iniciar nesta semana. As autoridades estimam que cerca de 70 mil pessoas circulam todos os dias pelas três pontes internacionais, a maioria passa para comprar e vender mercadorias e no final do dia voltam para seus países de origem.
Abandono do lado colombiano
Bernal cobrou mais rigor das autoridades colombianas na fiscalização da segurança. “Do lado da Colômbia não existe nem dez postos de segurança fronteiriça, o que significa um abandono da fronteira com a Venezuela. Isso facilita a circulação dos grupos mafiosos”, analisa o representante do governo venezuelano.
Segundo ele, do lado da Venezuela venezuelano são mais de 70 postos de controle, praticamente um a cada 30 km, em 2,2 mil km de extensão da linha limítrofe, segundo informações oficiais. O governo colo
A Venezuela também intensificou o combate ao tráfico de entorpecentes. Na semana passada, foram incineradas 1,3 mil toneladas de drogas aprendidas na região fronteiriça com a Colômbia. “Esse quilo de cocaína pura na Colômbia é vendida a 1 mil dólares, mas nos Estados Unidos esse tipo de cocaína vale 20 mil dólares. E nós queremos Venezuela livre de droga”, afirmou Bernal.
Edição: Rodrigo Chagas