Os garis da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) da cidade do Rio de Janeiro iniciaram uma greve na manhã desta segunda-feira (22). Com a paralisação, a categoria reivindica um reajuste de 10% no salário e no vale alimentação. Também adicional de insalubridade para vigias e agente de preparos de alimentos nas escolas, auxílio creche para homens e novo plano de Cargos e Salários para toda a categoria -- que hoje inclui apenas 2% dos funcionários da Comlurb.
Antes dos garis entrarem em greve, a Prefeitura do Rio ofereceu como acordo um aumento de 3,73% dos salários, que não foi aceito pela categoria. De acordo com o Sindicato de Asseio do Município do Rio, há dois meses os trabalhadores estão tentando negociar o reajuste, sem sucesso.
Segundo o representante dos funcionários nas negociações com a companhia, Bruno da Rosa, a categoria, que tem cerca de 20 mil trabalhadores, está reivindicando aumento justo. “Somos uma categoria tão importante pra cidade e o prefeito apresentou proposta de 3,73% de aumento, enquanto outras empresas ganharam de 6% a 13%. A justificativa do prefeito é que não tem dinheiro pra pagar os trabalhadores”.
Por meio de nota, a Comlurb informou que a Justiça do Trabalho determinou que o Sindicato de Asseio do Município do Rio mantenha em atividade um contingente mínimo de 60% do efetivo, algo em torno de 9 mil garis trabalhando durante a greve -- que teve início determinado em uma assembleia na última quinta-feira (18) com apoio unanime de mais de 1500 garis.
Devem ser garantidos “os serviços indispensáveis à segurança da população, notadamente no que diz respeito à coleta domiciliar, limpeza hospitalar, dos logradouros, de desentupimento de ralos e bueiros, limpezas de encostas e preparo de alimentos nas escolas municipais”, segundo a Comlurb.
*Com informações da Agência Brasil
Edição: Mariana Pitasse