A média salarial das trabalhadoras do campo da Índia em dezembro de 2018 representou 74,45% do valor recebido por homens que trabalham em atividades agrícolas e não agrícolas nas zonas rurais do país. A constatação foi feita pelo NewsClick, site parceiro do Brasil de Fato, com base em informações do Departamento do Trabalho do governo indiano.
Observando a média salarial em diversos setores agrícolas e não agrícolas da Índia nos meses de dezembro de 1998, 2008 e 2018, em termos relativos, a diferença entre trabalhadores e trabalhadoras rurais na Índia caiu nos últimos dez anos em comparação com o período anterior, quando elas ganhavam o equivalente a cerca de 63% da remuneração dos homens, mas a renda média das mulheres ainda representa menos de três quartos da média de seus pares do sexo masculino.
Na série histórica, em termos absolutos, a diferença salarial entre homens e mulheres no campo cresceu 50% entre 1998 e 2008, de 25 para 38 rúpias, e chegou a dobrar entre 2008 e 2018, de 38 para 76 rúpias diárias.
Em valores ajustados pela inflação, com base no índice de preços ao consumidor para trabalhadores rurais (CPI-RL), a desigualdade salarial média real entre homens e mulheres se manteve inalterada nos últimos 20 anos na Índia, segundo o levantamento.
Na comparação entre os períodos, o salário diário médio de trabalhadores homens aumentou de 68 rúpias em 1998 para 107 rúpias em 2008 e 297,50 rúpias em 2018 – equivalente a cerca de R$ 16 por dia. Já as mulheres receberam, em média, 221,50 rúpias por dia em 2018 – cerca de R$ 12 –, vindo de uma evolução de 68,50 rúpias em 2008 e 43 rúpias em 1998.
O levantamento considerou uma série de atividades realizadas por trabalhadores e trabalhadoras do campo, incluindo agricultura, pesca, setor madeireiro, pecuária, construção e artesanato, entre outras.
Edição: Aline Scátola