O programa da última quinta-feira (07) fala sobre organização do dia Internacional de Luta das Mulheres no Rio de Janeiro e o enredo campeão que homenageou índios, negros e pobres no desfile das Escolas de Samba da capital carioca.
Em entrevista, Júlia Borges doutoranda em Políticas Sociais, integrante do Coletivo Nacional Vamos à Luta e da organização do oito de março, explica que a preparação do ato esse ano foi realizado em plenárias e a partir das demandas e realidades das diversas mulheres. Júlia diz também, que o ato é um chamamento à resistência em tempos de ascensão de governos de direita ultraconservadores.
DJ Lencinho, Mestre de Cerimônia da Orquestra Voadora, comenta como foi o carnaval de rua do Rio que é feito ao longo do ano, com organização, cuidado e responsabilidade. Segundo o DJ, foi um carnaval harmônico, de união e muita solidariedade para que os blocos pudessem estar na rua, já que leis e termos foram mudados o que dificultou a saída de muitos blocos. Esclarece ainda, que a festa é um lugar sério, onde o povo tem o comando, onde todos e todas são importantes.
A Estação Primeira da Mangueira conquistou o título do Carnaval 2019 com um enredo assinado por Leandro Vieira que homenageou os heróis “esquecidos” pela história dita oficial. Uma da últimas alas, que trouxe diversas bandeiras com o rosto da vereadora Marielle Franco, assassinada há um ano junto com o motorista Anderson Gomes, em verde e rosa, foi um dos grandes destaques do desfile.
O programa trata ainda sobre o manifesto “Chegou a Hora de Levar Nosso Movimento um Passo Adiante” lançado por lideranças feministas contra o avanço da extrema direita e a luta de mulheres trans que resistem ao preconceito e à violência.
O encerramento do carnaval com blocos e a exposição Museu Nacional Vive - Arqueologia do Resgate no CCBB são as dicas para o fim de semana do quadro Rio, Rua e Cultura.
Edição: Fernanda Castro