Pressionado pelas autoridades desde o crime de Brumadinho, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, decidiu se afastar temporariamente do cargo.
O pedido do executivo foi feito neste sábado (02), em carta enviado ao Conselho de Administração da empresa.
A decisão ocorre um dia depois da recomendação feita pelo Ministério Público Federal, em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, para que ele e mais 14 executivos fossem afastados de seus cargos, após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, ocorrido em 25 de janeiro.
Ao longo da carta, Fabio Schvartsman afirma que “que tem priorizado o atendimento às vítimas e às suas famílias, à apuração direta e à cooperação com apuração dos fatos e à preservação das atividades da Vale”.
Moradores da região de Brumadinho, no entanto, afirmam que a empresa não está assumindo a responsabilidade pelo crime, criando um clima de divisão entre a população, e apresentando propostas insuficientes de apoio emergencial.
Segundo balanço divulgado na última quinta-feira (28) pela Defesa Civil de Minas, 186 corpos já foram identificados e 122 vítimas seguem desaparecidas.
Com a saída de Fabio Schvartsman, o diretor-executivo Eduardo Bartolomeo deve assumir o comando da empresa interimente.
Outros três executivos que enviaram cartas com pedido de afastamento temporário foram: Peter Poppinga, diretor-executivo de ferrosos e carvão; Lucio Flavio Gallo Cavalli, diretor de planejamento e desenvolvimento de ferrosos e carvão; e Silmar Magalhães Silva, diretor de operações do corredor sudeste da Vale.
Edição: Guilherme Henrique