Centenas de santarritentes que estudam na capital e moram no município utilizam o transporte universitário disponibilizado pela Prefeitura de segunda a sexta-feira. Segundo Paula Veríssimo, estudante universitária da UFPB e residente em Santa Rita, o transporte universitário foi uma promessa de campanha de Emerson Panta (PSDB), implementada um ano depois. Inicialmente os ônibus circulavam apenas de manhã, ficando os estudantes dos turnos da tarde e da noite, de fora. Através de reivindicação, os estudantes conseguiram os três horários. Os ônibus, que circulam de segunda a sexta-feira para faculdades públicas e privadas de João Pessoa, passaram a funcionar da seguinte maneira: 4 ônibus de manhã, 2 à tarde e 4 à noite.
Segundo Paula, o número de estudantes foi crescendo muito a cada ano, e então a prefeitura resolveu fazer um cadastro, e em seguida publicou um decreto, sem dialogar com os estudantes os critérios, para utilização do transporte, dentre eles, critério de renda e morar há mais tempo no município.
“Tivemos uma reunião quarta-feira porque o transporte parou de funcionar e propusemos mudar algumas cláusulas do decreto porque tinha muita gente com dúvidas, e algumas faculdades já tinham voltado às aulas e eles disseram que tinham apenas uma semana para fazer esse cadastro. Inclusive os funcionários quase não tinham informação. Conversamos com o chefe de gabinete, a procuradora do município e o vice- secretário de administração. Nessa conversa lemos todo o decreto junto com eles, que aceitaram revogar algumas questões. Conseguimos, por exemplo, estender o uso do transporte, não só para estudantes de graduação e tecnólogos, mas também para estudantes de pós-graduação. O decreto previa sorteio para o número de vagas, e nós revisamos isso para quem ainda não tivesse comprovante de matrícula”, conta ela.
Segundo Paula, essa conversa já tem quase uma semana e o decreto ainda não foi publicado. “Recebemos uma noticia ontem, por um grupo de whatsapp, de que não haveria transporte hoje, segunda-feira, porque o número de estudantes estava muito grande. Somos de uma cidade muito carente, e esse ônibus é extremamente importante. E vamos fazer o protesto amanha de manhã”.
Paula também denuncia o fato de que o transporte sempre funcionou com superlotação, "muita gente no ônibus em pé, de manhã e à noite, muitos correndo risco de acidente".
Edição: Heloisa de Sousa