Os deputados estaduais eleitos em 2018 no Rio de Janeiro assumiram os mandatos nesta sexta-feira (1) no Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no centro da cidade. A sessão solene teve início às 15h30, presidida por André Ceciliano (PT), presidente em exercício da Alerj, e lotou o plenário da casa. A eleição de uma nova mesa diretora está marcada para este sábado (2), às 15h.
Nesta 12ª legislatura, mais de 50% do quadro de parlamentares são de novos ocupantes. Das 70 vagas, 36 foram renovadas. A bancada feminina teve aumento de 33% em relação às nove deputadas que exerceram mandatos nos últimos quatro anos. Agora, 12 mulheres estão empossadas até 2022.
O governador Wilson Witzel (PSC) fez um discurso pedindo união e disse que o relacionamento com a Alerj será pautado pela transparência e ética. “Não fui eleito por todos, mas vou governar para todos”. Wtizel também citou um novo pacto federativo “com mais autonomia para os estados pautados na descentralização administrativa”.
“Quero ouvir a todos, a oposição é parte o exercício da democracia e deve ser respeitada. Respeito as discordância e as diferenças, mas acredito na união de todos nós pelos interesses maiores do estado do Rio de Janeiro que estão certamente acima de visões ideológicas e de partidos políticos”, disse.
Antes da solenidade, os deputados ficaram de pé para um minuto de silêncio em homenagem ao deputado Wagner Montes (PRB), que morreu semana passada no Rio. Montes tinha sido eleito para Câmara Federal em outubro. Depois, cada parlamentar foi chamado individualmente para fazer o juramento e assinar o termo de posse.
As deputadas Dani Miranda, Mônica Francisco e Renata Souza, eleitas pelo PSOL, levaram réplicas da placa de Marielle Franco para o plenário. Já o deputado Carlos Minc (PRB) se comprometeu com a lei de prevenção das barragens no estado, “pensando em combater a impunidade ambiental”.
Também se manifestaram as deputadas Enfermeira Rejane (PCdoB) e Zeidan (PT). Ambas pediram “Lula Livre”. Rodrigo Amorin (PSL) prometeu “continuar com o legado do maior líder político do estado, senador Flávio Bolsonaro”.
Deputados presos ausentes
Cinco deputados eleitos foram chamados, porém não estavam presentes. Chiquinho da Mangueira (PSC), André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT) e Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius Neskau (PTB) foram presos na Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava-Jato no Rio, deflagrada em novembro. Um sexto deputado é o ex-prefeito de Silva Jardim Wanderson Gimenes Alexandre (Solidariedade), preso em operação do Ministério Público Estadual (MPE) por corrupção e fraude em licitação ano passado.
A justiça negou nesta quinta-feira (31) o pedido de Marcos Abraão (Avante) e Luiz Martins (PDT) para deixarem a prisão e comparecerem à solenidade de posse. Caberá à futura mesa diretora formada no sábado (2) o destino dos seis mandatos.
Edição: Jaqueline Deister