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O que esperar para 2019?

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Pensem num monte de coisas que a gente reclama hoje e o que vai acontecer com elas no próximo ano, com o governo que vem aí
Pensem num monte de coisas que a gente reclama hoje e o que vai acontecer com elas no próximo ano, com o governo que vem aí - Toninho Tavares/Agência Brasil Brasília
Já não está dando para esperar um feliz 2019, e nem, talvez, 2020, 2021, 2022

O que é ruim pode piorar. Não dá para falar que “pior não fica”. Estou falando isso porque me lembro do que falei há um ano: 2018 não seria um ano bom. O governo do vampiro e das múmias faria a gente ter um ano ruim. Então, não havia muito motivo para festejar a chegada de 2018.

Mas a expectativa para 2019... Mudou? Até acho que sim, mas para pior. Já não está dando para esperar um feliz 2019, e nem, talvez, 2020, 2021, 22... Será que teremos um feliz 2023?

Pensem num monte de coisas que a gente reclama hoje e o que vai acontecer com elas no próximo ano, com o governo que vem aí...  O que vai acontecer no sistema de saúde? E na questão ambiental, e com poluição do ar e das águas, o desmatamento contínuo? E as moradias, que muita gente não tem? E a reforma agrária, que vai mal?

Bom... Tem movimentos populares a favor, mas o governo eleito promete tratar como grupo de terroristas. Aposentadoria? Emprego com carteira assinada e direitos trabalhistas? Quem sonha com isso? O preço da gasolina, do álcool e do gás está alto demais? Tem gente que acha que a Petrobras não foi criada para servir o povo brasileiro. mas para dar lucro a acionistas... E com a privatização de parte da Petrobras e de toda ela o que vai acontecer?

Uma questão que acho fundamental, o ensino público...Todos os países que se desenvolveram rapidamente tiveram na educação o grande segredo para o desenvolvimento. Aqui, a educação vai mal. Pois é... com um ministro da Educação como o que vem aí vai melhorar? 
Acho que quem reclama das escolas públicas hoje ainda vão ter saudade delas... 

Valendo o projeto a que chamam de “escola sem partido”, os professores terão que aceitar crenças que os alunos adquirem em casa ou na igreja, mesmo quando vão contra a ciência. Assim, numa pergunta sobre eras geológicas, por exemplo, se uma criança responder que isso não existiu, que o mundo foi criado há cerca de seis mil anos, pois aprendeu isso com os pais, o professor terá que considerar a resposta como correta. 

Enfim, acho que uma coisa a gente pode esperar para 2019: não será um ano de modorra, e sim de encrencas. E quem gosta de uma luta por boas causas, vai ter muito o que fazer. 

Boa sorte para nós todos.

Edição: Júlia Rohden