O implacável Ministério Público do Rio, que convidou o menino bobalhão, "Phd em não sei o quê" do MBL para palestrar num de seus encontros, assiste agora calado as ausências seguidas de Queiroz aos depoimentos.
O motorista milionário não está condenado, tem direito a ampla defesa, afinal, "plantar laranjas" com dinheiro público não é um crime em si, cabe explicação, obviamente.
O problema é que por muito menos o MP do Rio pediu e o nobre juiz Marcelo Bretas prendeu, humilhou, invadiu casas, pintou e bordou. Tudo sem o trânsito em julgado.
Queiroz faltou duas vezes seguidas. Não caberia uma condução coercitiva? Alguns foram submetidos a este artifício sem nunca terem sido convocados. Quando será a busca e apreensão nos endereços da família Queiroz?
Um novo projeto de poder está em curso no país reunindo uma extrema direita raivosa e ressentida, o capital financeiro abutre e uma parcela da burocracia estatal antinacional e antipovo.
Perseguirão implacavelmente todos que se colocarem no caminho do sequestro do orçamento público pelas corporações e da venda dos interesses estratégicos da nação. Aí de quem resolver questionar auxílio moradia e outras mordomias, os penduricalhos pagos com o dinheiro da viúva são sagrados.
A condução do caso Queiroz fala por si. É a consagração inconteste do Estado de Exceção no Brasil. Parece só o começo da perseguição desenfreada e parcial que será comandada por "Hoover" e sua trupe a partir do dia 1°.
O caso Queiroz está deixando o arbítrio nu. Liberais autênticos começaram a se levantar, sabem que cedo ou tarde entrarão na fila do "Reich".
Construir uma Frente Democrática não é uma simples opção tática. É uma necessidade histórica. Tomara que não precise piorar mais para que os progressistas brasileiros compreendam isto.
Ricardo Cappelli, é secretário da representação do governo do Maranhão em Brasília e foi presidente da União Nacional dos Estudantes
Edição: GGN