O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO), declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco em 2001, passará a ser administrado pelo consórcio Sociparque, da empresa Socicam, a partir do segundo semestre de 2019 e pelos próximos 20 anos.
O visitante que quiser conhecer as belezas naturais terá que pagar um ingresso: R$ 17,00 para brasileiros; R$ 25,00 para residentes do Mercosul, R$ 3,00 para moradores de áreas próximas ao parque e R$ 33 para estrangeiros.
Segundo anunciado pelo Diário Oficial da União, a Sociparque terá que investir R$ 2,2 milhões para incrementar as condições de visitação do local, conservar trilhas e manter a sinalização, além de ficar responsável por reformar o alojamento dos brigadistas e pesquisadores. Em troca, poderá explorar serviços de recepção de visitantes, venda de ingressos, alimentação, loja de conveniência, espaços de acampamento e translado.
Atualmente, a direção do parque fica a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que ainda deverá produzir Planos de Manejo e o trabalho de prevenção aos incêndios, assim como vistoriar a gestão da Sociparque.
O parque, que ocupa uma área de cerrado de 240.586,56 hectares, fica aberto para visitação durante todo o ano. Um incêndio atingiu, em outubro de 2017, 66,014 mil hectares, quase 30% da área total da Chapada.
Plano nacional
O contrato de privatização do parque foi firmado por Edson Duarte, ministro do Meio Ambiente, nesta quinta-feira (18). A concessão se vale da lei 13.668/2018 e já foi aplicada no caso do Parque Nacional do Pau Brasil (BA). O governo quer avançar no projeto e ceder para empresas os parques de Lençóis Maranhenses (MA), Itatiaia (RJ), Caparaó (MG) e da Serra da Bodoquena (MS).
Segundo reportagem da Agência Estado, “apesar dos constantes cortes orçamentários que afetam o ICMBio, o parque da Chapada vinha mantendo uma boa estrutura em seu interior, com boa sinalização, informações a visitantes e sinalizações em todas as suas trilhas.”
*Com informações da Agência Estado e Correio Braziliense
Edição: Pedro Ribeiro Nogueira
