Um dos produtos comercializados na 10ª edição da Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro, é a Cerveja Subversiva. Criada há quase dois anos, o produto teve como objetivo primeiro compartilhar o fazer artesanal entre um coletivo de seis mulheres.
Integrante do coletivo, Luana Carvalho conta que a oportunidade de pensar a cerveja como um alimento de consumo e comercialização consciente surgiu a partir da parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST).
“Nosso coletivo de mulheres tem outra lógica de trabalho, é uma produção mais consciente e pensa no consumo mais consciente. A cerveja é também um alimento que está na socialização das pessoas”, explica Luana, acrescentando que a Subversiva pode ser encontrada em pontos como o Armazém do Campo e o Terra Crioula, que ficam na Lapa.
Consumidoras da cerveja, a economista Sandra Quintela e a advogada e professora de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mariana Trota saboreavam a Subversiva quando foram abordadas pela reportagem do Brasil de Fato na feira, que acontece até esta quarta-feira (12).
“Além de serem mulheres do MST, a cerveja é muito saborosa. Não é apenas o sabor nem apenas a questão política, são várias razões pra tomar a Subversiva”, diz Mariana. “É um consumo consciente porque vai contra o mercado dos bilionários da Ambev”, completa a economista.
Financiamento coletivo
A Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes vai até quarta-feira (12) no Largo da Carioca, no centro da cidade. Neste ano, a iniciativa está ocorrendo de maneira independente, sem o apoio governamental. Por conta disso, o MST lançou uma campanha de financiamento coletivo orçada em R$ 17.000,00 para viabilizar a realização do encontro. As doações são a partir de R$ 10 e podem ser feitas pelo site catarse.me.
Edição: Mariana Pitasse