Sete meses após o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, afirmou em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (22) que a Polícia Civil já identificou alguns culpados do crime que aconteceu no dia 14 de março, no centro da cidade.
O secretário confirmou a suspeita de participação de grupos de milicianos no assassinato da vereadora. Marielle que militava em defesa dos direitos humanos, principalmente nas favelas. Richard Nunes afirmou que vai apresentar uma solução para o caso até o dia 31 de dezembro, quando encerra o período de intervenção federal no Rio, conforme decreto assinado pelo presidente Michel Temer.
"Não é um crime de ódio - falei isso logo na primeira entrevista que dei, em março. É um crime que tem a ver com a atuação política, em contrariedade de alguns interesses. E a milícia, com toda certeza, se não estava no mando do crime em si, está na execução", disse o general.
A investigação do caso tem 14 volumes e já foram identificados alguns participantes, mas o secretário pretende reunir provas consistentes que não venham a ser contestadas no futuro. Questionado sobre o envolvimento de políticos no crime, o general respondeu “provavelmente”.
Edição: Jaqueline Deister