No dia em que a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa oito meses, a Anistia Internacional lançou um levantamento, enumerando todas as informações divulgadas no curso da investigação e todas as questões não respondidas pelas autoridades.
O documento se chama o Labirinto do Caso Marielle Franco e afirma que embora o trabalho policial esteja sendo realizado em sigilo, diversas informações foram divulgadas pela imprensa e mostram que o crime foi cuidadosamente planejado, reforçando a possibilidade da participação de agentes públicos.
De acordo com a assessora da organização, Renata Neder, o sigilo imposto ao caso não exime as autoridades de dar satisfações confiáveis à sociedade.
A Anistia assinala, por exemplo, que as balas que atingiram Marielle e Anderson faziam parte de um lote desviado da Polícia Federal. Mas, não foi esclarecido como a munição foi desviada e por quem.
Além disso, a polícia identificou que uma submetralhadora de uso restrito foi utilizada no crime, o mesmo modelo de cinco armas que sumiram do arsenal da polícia civil e também não se sabe como. Apesar disso, a mãe de Marielle, Marinete da Silva, não defende a federalização do caso.
A vereadora Marielle Franco recebeu uma homenagem póstuma nesta quarta-feira (14). Sua dissertação de mestrado sobre as unidades de polícia pacificadora foi reeditada como livro e lançada em uma cerimônia na Câmara de Vereadores.
Edição: Radioagência