“Força da paz / Cresça sempre sempre mais / Que reine a paz e acabem-se as fronteiras / Nós somos um”, cantaram centenas de manifestantes na noite desta segunda (22), no centro de Belo Horizonte. A música “Força da Paz” foi seguida da fala de inúmeros representantes e integrantes da Igreja Católica, da Igreja Metodista, Espírita, religiões de Matriz Africana e Igreja Presbiteriana em defesa da democracia e contra a violência pregada pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL).
As religiões de matriz africana estiveram representadas na voz de muitas lideranças, dentre elas Makota Celinha, do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB). Nas palavras dela, o povo de santo foi se solidarizar com todas as formas de rezar e defender a cultura de matriz africana. “Esse país precisa aprender a nos respeitar, precisa aprender a viver a sua diversidade. O projeto político desse candidato [Bolsonaro] é para de vez destruir a nossa história e a nossa cultura”, defende Makota.
“Imagina o que seria se você chegasse na sua igreja e estivesse fechada?”, questiona o pastor Toninho. Durante o regime militar, órgãos evangélicos que se opunham à violência foram fechados, como o Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas (SP), e a Faculdade Metodista Rudge Ramos, em São Paulo. “Para vencer a maldade que tenta se aventurar no Brasil, votar no 13 é o único caminho para um país sem violência”, completa o pastor.
A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direto de Minas Gerais está produzindo panfletos e indo até as periferias dialogar com a população evangélica, que mora em maioria nessas regiões. “Diferente do que pensa muita gente, a maioria dos evangélicos está nas periferias e foram beneficiados pelos governos do PT. Estamos puxando pela memória, trazendo dignidade a essas pessoas e fazendo-as olhar de cabeça erguida”, conta Johnatas de Oliveira Aredes, um dos coordenadores da Frente de Evangélicos.
Próximo ato
Na quarta-feira (24), acontece mais um evento de religiosos em apoio a Haddad e Manu. O culto “O Amor Vence o Ódio”, no centro cultural 104, às 19h.
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