Rio de Janeiro

Resistência

Ato em homenagem à Marielle distribuiu mil placas de rua no Centro do Rio

"Guardem como memória, como resistência. Vocês são os legados de Marielle”, disse Mônica Benício

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Entre os manifestantes, o ato também reuniu parlamentares e artistas como as atrizes Leandra Leal, Sophie Charlotte e o cantor Leoni
Entre os manifestantes, o ato também reuniu parlamentares e artistas como as atrizes Leandra Leal, Sophie Charlotte e o cantor Leoni - Reprodução/Instagram

Neste domingo (14), milhares de pessoas se reuniam no Centro do Rio para uma manifestação pacífica em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada junto com seu motorista Anderson Gomes no dia 14 de março deste ano. O evento distribuiu aos participantes mais de mil réplicas da placa de rua com o nome da parlamentar defensora dos direitos humanos colocada na Praça Marechal Floriano, na Cinelândia, desde março.

O ato aconteceu em resposta à destruição da placa original por deputados recém-eleitos do PSL, partido de Jair Bolsonaro. Daniel Silveira, eleito deputado federal, e Rodrigo Amorim, deputado estadual mais votado do Rio, aparecem em vídeo gravado uma semana antes do primeiro turno exibindo a placa rasgada durante um comício de campanha.  

A ideia de confeccionar as placas surgiu na internet através de uma vaquinha online que atingiu e ultrapassou a meta de fabricar, a princípio, cem réplicas da sinalização simbólica. Em vinte minutos, mais de 1.500 pessoas tinham contribuído com a campanha de financiamento coletivo. Segundo os organizadores, o valor excedente será doado para projetos apoiados por Marielle Franco. Mônica Benício, viúva de Marielle, recolocou a placa de onde havia sido retirada, na esquina da Câmara de Vereadores, e lembrou sobre a segurança dos presentes que receberam um envelope junto com a placa.

“Vamos embora em segurança, porque a violência só gera mais violência, e essa não é a sociedade que queremos. E vamos mostrar nas urnas, que o amor sempre vence. Guardem as placas no envelope, vamos embora juntos e juntas, direto para um lugar seguro. As placas não devem ser coladas em cima de outras placas nas ruas. Guardem como memória, como resistência. Vocês são os legados de Marielle”, disse Mônica.

Edição: Jaqueline Deister