Haddad segue subindo, dia-a-dia, nas pesquisas eleitorais
A conjuntura eleitoral segue aquecida em nosso país. Em disputa está o nosso futuro enquanto nação. E, neste momento, o cenário parece cada vez mais consolidado para um 2º turno entre Fernando Haddad, candidato de Lula, e Jair Bolsonaro. Claro que muito pode acontecer até o dia 7 de outubro, mas é assim que se desenha. Até pelo rápido crescimento de Haddad, que desde de que foi oficializado, segue subindo, dia-a-dia, nas pesquisas eleitorais.
E pela primeira vez, desde muitas eleições, não estamos diante de uma polarização entre um candidato do PT e do PSDB, que lançou Geraldo Alckmin, mas parece não convencer mais ninguém. Porém, não há como deixar de destacar que, o candidato Bolsonaro está fortemente ligado ao projeto do PSDB, e eu queria pontuar duas questões desta relação.
Em primeiro lugar, o discurso de ódio utilizado pelo Jair ganha espaço na sociedade a partir do momento em que Aécio Neves e o PSDB, após a derrota nas eleições em 2014, passam a deslegitimar o resultado eleitoral e o novo governo de Dilma que se iniciaria. É a origem do golpe, que deu no que deu. O próprio Aécio Neves afirmou que faria o máximo possível para que o novo governo de Dilma fracassasse.
Em segundo lugar, outro ponto a destacar nesta aproximação de Bolsonaro com as ideias do PSDB são os seus planos, e do seu economista, o Paulo Guedes, para a economia nacional. Tal economista já afirmou com todas as letras que pretende instituir uma alíquota única para o Imposto de Renda, de 20%, para todas as pessoas, independente do quanto ganham. Na prática, isso significa que pobres passariam a pagar mais impostos e ricos pagariam menos. Em outras palavras, Bolsonaro e Paulo Guedes querem tirar dinheiro dos mais pobres para entregar aos ricos de nosso país. E olhe que nem vou entrar no interesse que eles possuem em privatizar tudo quanto puder do patrimônio do povo brasileiro.
Mais do que nunca, estão em jogo nestas eleições dois projetos de sociedade. De um lado, o projeto de Bolsonaro, um projeto baseado no ódio, em perseguições e em mais vantagens para os ricos. Do outro, um projeto voltado para o povo, voltado para os interesses da classe trabalhadora. Não é à toa que em poucos dias, Haddad já aparece em primeiro entre os mais pobres do país. Que sigamos em luta nos próximos dias. Vencer esta disputa eleitoral é uma etapa fundamental no nosso desafio contra o golpismo que tomou conta do país.
Edição: Monyse Ravena