O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, admitiu que o caso Marielle Franco pode não ser desvendado este ano.
Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Nunes reafirmou o empenho das equipes envolvidas na investigação, mas disse que o trabalho esbarra em algumas dificuldades técnicas e que a execução foi cometida por criminosos experientes que sabiam como dissimular as evidências.
A vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista foram assassinados na noite de 14 de março e até hoje nem os mandantes nem os executores foram identificados.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, chegou a dizer que o prazo para conclusão do inquérito seria semelhante ao do caso Patrícia Acioly, dois meses, e, em julho, disse que o desfecho estava próximo.
Já o general Richard Nunes afirmou que estaria fazendo uma bravata caso prometesse resolver o crime até o fim do ano.
O secretário disse que a entrada do Gaeco, Grupo do Ministério Público Especializado no Combate ao Crime Organizado, é um grande ganho para o caso.
Apesar do sigilo imposto pela polícia às investigações, a principal suspeita é de que Marielle tenha sido executada a mando de um grupo de milícia.
O depoimento de uma testemunha, vazado para a imprensa, chegou a implicar o miliciano Orlando de Araújo, mais conhecido como Orlando de Curicica, no crime, e também o vereador carioca Marcelo Siciliano.
A polícia não confirmou a informação e ambos negam participação no duplo assassinato.
Edição: Jaqueline Deister