Na tarde desta segunda- feira (17), o candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad, esteve em Curitiba para visita a Lula (PT). Em coletiva de imprensa, ele falou aos jornalistas sobre as impressões do ex-presidente acerca das recentes pesquisas de intenção de voto e deixou claro que ele não está disposto a trocar sua dignidade pela liberdade.
Segundo Haddad, os resultados corresponderam à expectativa de Lula, que ficou satisfeito tanto com a última pesquisa do Datafolha, quanto com a da CNT, que foi publicada hoje. Estima-se que o candidato petista tenha 17,6% das intenções de voto, ultrapassando Ciro Gomes (PDT) em segundo lugar.
“Nossas pesquisas internas também são muito favoráveis, mas [Lula] falou para não se deixar levar por pesquisa. Tem muito trabalho pela frente, são três semanas. Pesquisa é um retrato, tem lá sua importância, mas não é o que deve mover a nossa campanha. A nossa campanha deve se mover por propostas, por respeito à democracia, pelo fortalecimento das instituições e pelo respeito aos nossos adversários”, ponderou Haddad.
Plano de governo
O candidato ressaltou que os dois eixos emergenciais de seu plano de governo são trabalho e educação. Entre as medidas que devem ser tomadas para geração de emprego, Haddad mencionou: reforma tributária, que visa aumentar a renda disponível das famílias de classe média e baixa; reforma bancária, que reduziria drasticamente os juros do tomador final; e reforma fiscal, que abriria espaço no orçamento público para obras em programas de grande impacto na geração de empregos.
Na esfera da educação, o petista deixou claro que a prioridade é investir na formação inicial e continuada dos professores. O ensino médio público estadual, segundo ele, precisa de atenção e apoio da esfera federal. "Cada escola federal vai ter que adotar uma escola estadual com baixo desempenho para promover essa etapa, que ainda exige cuidadou", explicou o candidato. Haddad esclareceu ainda que parte dessas e de outras ideias presentes no plano de governo foram propostas por Lula.
Respeito
Ainda sobre as diretrizes da campanha, elogiada pelo ex-presidente, Fernando Haddad disse que é preciso discutir ideias para o país sem medo do debate, com respeito aos adversários. "Trata-se de reforçar a linha de que queremos construir um país de paz e de harmonia, voltado para os trabalhadores e trabalhadoras do brasil", ressaltou.
Haddad finalizou informando que a ONU deverá julgar o mérito do processo de Lula no primeiro semestre de 2019.
Edição: Daniel Giovanaz