Uma semana depois do incêndio que consumiu quase a totalidade do prédio e acervo do Museu Nacional, no bairro de São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, tapumes foram colocados para iniciar as obras de contenção e proteção do entrono do edifício. Esse material faz parte das contratações emergenciais feitas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a reconstrução do Museu Nacional.
A colocação de tapumes acontece um dia antes da chegada de técnicos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que vão auxiliar nos trabalhos de remoção dos escombros. O Museu é vinculado à Unesco e a entidade ofereceu especialistas que já trabalharam em tsunamis e outros desastres para ajudar na remoção dos escombros. Os técnicos chegam na terça-feira (11) ao Rio.
Esses profissionais vão se integrar à equipe de trabalho que está cuidando para manter a estrutura do palácio e realizar a varredura dos escombros em busca de peças do acervo que possam ser recuperadas. Deste grupo já fazem parte museólogos do Instituto Brasileiros de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Desde o incêndio trágico da semana passada, estudantes, funcionários e professores estão mobilizados para defender o Museu Nacional. Nesta semana, aulas públicas estão sendo realizadas em frente ao espaço do museu para tratar da importância do patrimônio histórico e cultural.
Recursos
A UFRJ avisa que as contratações acontecem ainda sem receber o aporte de R$10 milhões do Ministério da Educação (MEC). Este valor será destinado a ações emergenciais que incluem a cobertura e o reforço da estrutura do prédio que possibilite o resgate do acervo. Entre as ações emergenciais estão incluídas o escoramento das lajes que não desabaram e a cobertura para proteger o local de chuvas.
“[Os recursos] não estão na conta, mas já estamos fazendo as contratações independentemente disso porque já há a garantia que esses recursos serão repassados”, disse o diretor administrativo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Wagner William Martins.
O MEC confirma que ainda não repassou os recursos e que recebeu hoje o termo de referência enviado pela universidade que ainda será analisado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Só depois dessa análise, o orçamento será liberado. O termo servirá de referência para a contratação de empresas para a realização de ações emergenciais.
*Com informações da Agência Brasil
Edição: Jaqueline Deister