Depois de fazer campanha durante o fim de semana por estados do Nordeste, o candidato a vice-presidente da chapa do Partido dos Trabalhadores (PT) visitou o presidenciável do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, nesta segunda-feira (3). Depois, ele concedeu uma entrevista coletiva, na qual anunciou que o PT vai recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a participação de Lula nas eleições.
“Hoje nós expusemos ao presidente Lula todas as possibilidades jurídicas à disposição e ele tomou a decisão de: em primeiro lugar, peticionar junto à ONU para que se manifeste sobre a decisão das autoridades brasileiras em relação à determinação do Comitê. Em segundo lugar, peticionar junto ao STF com pedidos de liminar tanto na esfera eleitoral quanto na esfera criminal, para que ele tenha o direito de registrar sua candidatura”, afirmou.
O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, esteve no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, onde participou de um encontro com trabalhadores “em defesa das estatais” e de um debate sobre a “crise da democracia e perspectivas da nova esquerda”, com o professor da Universidade de Coimbra (Portugal), Boaventura de Souza Santos.
Ciro Gomes (PDT) fez campanha em São Paulo, onde participou de sabatina com meios de comunicação locais. Em entrevista, ele buscou detalhar a proposta de renegociação de dívidas de brasileiros que estiverem com o nome incluído no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e defendeu a realização de uma reforma tributária, que inclua a cobrança de tributos sobre lucros e dividendos, para compensar a redução das alíquotas destinadas ao consumo.
A candidata da Rede, Marina Silva, também começou a semana fazendo campanha em São Paulo, onde participou de um ato no Largo da Batata, zona oeste da capital. Nesta terça, ela segue em São Paulo, onde é entrevistada por meios de comunicação. Silva defendeu um maior investimento em educação, com ênfase na educação básica.
Ainda nesta segunda-feira, foi lido um direito de resposta no Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), por conta de uma declaração da candidata presidencial da Rede, que igualava a ex-mandatária ao atual presidente, Michel Temer, no aspecto moral. Dilma afirmou em nota que “é incontroverso que nunca foi condenada pela prática de qualquer crime, seja ele de caixa dois ou desvio de dinheiro público”, pelo que “a fala enfática e veemente da candidata Marina Silva é patente afirmação falsa de condutas definidas como crimes, configurando, por esse motivo, calúnia”
Geraldo Alckmin (PSDB) também escolheu a capital paulista para fazer campanha nesse início de semana. Na segunda, ele visitou um restaurante popular e prometeu levar a iniciativa para o âmbito federal, caso seja eleito. Nesta terça, ele participou de uma sabatina com meios de comunicação privados. Durante a entrevista, o tucano respondeu se subiria no palanque do candidato a deputado federal pelo PSDB, o senador Aécio Neves, investigado pela Operação Lava Jato. Apesar de ter dito que não faria campanha para o candidato mineiro, ele defendeu que sejam apuradas as investigações antes de qualquer conclusão. “O partido fez o que tinha que ser feito. Ele não foi julgado ainda. Vamos esperar o desenrolar da Justiça”.
Jair Bolsonaro (PSL) começou a semana fazendo campanha no Rio de Janeiro. Depois de uma caminhada por Copacabana, na zona sul da capital, ele participou de um almoço com empresários, organizado pela Confederação Nacional de Empresas de Seguro. No dia seguinte ao incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, o candidato da extrema-direita defendeu a extinção do Ministério da Cultura que, em suas palavras, seria fundido com o Ministério da Educação.
Edição: Juca Guimarães