Rio de Janeiro

DIREITOS HUMANOS

CNDH volta ao Rio de Janeiro para acompanhar intervenção militar e caso Marielle

Conselho já esteve em reunião com a Comissão de Direitos Humanos da Alerj e integrantes da Mandata

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O interventor federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, durante solenidade no Rio
O interventor federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, durante solenidade no Rio - Fernando Frazão/Agência Brasil

Representantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) estão novamente em missão no Rio de Janeiro. A visita tem como objetivo continuar o acompanhamento da investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de Anderson Pedro Gomes e as denúncias de violações de direitos humanos decorrentes da intervenção militar no estado.

A conselheira e coordenadora da Comissão de Defensores de Direitos Humanos e Enfrentamento a Criminalização da CNDH, Sandra Carvalho, explicou a importância da visita do Conselho à cidade. “As reuniões que nós fizemos hoje (28) foram muito relevantes. Importante para termos um panorama do que está sendo feito com as investigações do assassinato da Marielle e do Anderson, como também o volume das denúncias sobre a intervenção”, explicou a conselheira.

A agenda começou na terça-feira (28) e contou com reunião com o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Antônio Pedro, integrantes da Mandata da ex-vereadora Marielle, uma reunião com o Observatório da Intervenção do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) e os criadores do aplicativo de denúncia e combate à violência policial, o Defezap.

“Os dados das reuniões que já aconteceram ajudam inclusive nas conversas que teremos nos próximos dias com as autoridades”, conta Carvalho que também é coordenadora da organização Justiça Global. Além dela, a missão é composta pela presidenta do órgão, Fabiana Severo, que representa a Defensoria Pública da União (DPU) no Conselho e pela conselheira Iara Moura, que representam no CNDH o coletivo Intervozes.

Até o fim da visita, que acaba na quinta-feira (30), o CNDH terá uma reunião com a Divisão de Homicídios da Policia Civil, o procurador geral de justiça, a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública Estadual.

Histórico

A CNDH já tem monitorado a situação da segurança pública no Rio desde o início do ano. Em março o Conselho esteve no Rio duas vezes. A primeira no dia cinco quando, em conjunto com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), realizou, na sede do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF RJ), uma reunião de trabalho emergencial sobre o monitoramento das violações de direitos humanos decorrentes da intervenção militar no Rio de Janeiro.

Na segunda visita, o Conselho se reuniu após a execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, para acompanhar as investigações relacionadas ao crime de execução ocorrido na noite do dia 14 de março, no centro do Rio de Janeiro.

Edição: Jaqueline Deister