Depois de uma semana de disputa pelo caso, o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussen, enviou um ofício ao ministério da Segurança Pública dizendo ser favorável à participação da Polícia Federal (PF) nas investigações da execução de Marielle Franco desde que o pedido seja feito pelo interventor federal no estado do Rio de Janeiro, general Braga Netto.
No documento, o procurador deixa claro que essa medida não é um deslocamento da competencia da investigação para o governo Federal, mas uma participação. “Caso o interventor e seu gabinete avaliem que a PF deve atuar no caso, quer contribuindo com as investigações, quer assumindo-as, basta que seja formulada a devida requisição”, diz o ofício.
O documento foi divulgado na noite de ontem (16) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Horas depois de Raul Jungmann, ministro da Segurança pública, ter dito durante um evento em Salvador que tanto o Ministério Público quanto a Polícia Civil do Rio haviam recusado o apoio da Polícia Federal nas investigações do duplo assassinato.
No dia 14, quando completou-se cinco meses do crime, o Ministério Público Federal (MPF) começou a pleitear a federalização da investigação que está sob a responsabilidade da instituição estadual. Também na terça-feira (14), a Anistia Internacional pediu que seja instituída uma comissão independente para investigar o caso. O ofício com a solicitação foi entregue pela organização em conjunto com a família de Marielle à Secretaria de Segurança do estado.
Edição: Brasil de Fato RJ