Quando questionada do porque está marchando, Renata Moreira, do setor de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), evidencia que a Marcha Lula Livre vai muito além da defesa pela candidatura do ex-presidente Lula para o pleito eleitoral de 2018.
"Estamos marchando pela democracia no nosso país. O golpe retirou nossos direitos. Marchamos pela reforma agrária já", afirma a educadora de economia política, que integra o movimento desde 2001 e atualmente trabalha no Espírito Santo.
No início de sua militância, Renata organizou um setor de gênero com as mulheres sem-terra do estado de Minas Gerais, do qual muito se orgulha.
A educadora ressalta a importância do setor de formação dentro do MST.
"Sem a formação politica e sem o estudo não vamos para frente. Para termos a reforma agrária, precisamos mudar esse país. É muito mais do que só conquistar a terra". Na sua avaliação, a formação é um dos pilares centrais para o movimento.
"A luta, a formação e a produção andam sempre juntas", destaca. "Sem formação política, não temos projeto. Precisamos formar consciências e estarmos na luta conscientes. Para ocupar, resistir e produzir".
Prestes a encontrar os militantes das outras colunas, que juntos somam cerca de 5 mil pessoas, Renata acostumada a ensinar, afirma estar aprendendo muito com a Marcha.
"É um aprendizado, uma esperança. É o que podemos fazer: Lutar. Estamos vendo o golpe acabar com nosso país e não podemos ficar parados", convoca a educadora.
Edição: Cecília Figueiredo