Desde 6h30 da manhã desta segunda-feira (13), a Coluna Prestes, composta pelos estados do sul e do sudeste, está marchando pela rodovia Juscelino Kubischek (040), com palavras de ordem pela reforma agrária e pela liberdade do ex-presidente Lula.
São mais de duas mil pessoas que estão na metate do percurso de 16km até Brasília, já no horizonte dos marchantes.
O deputado Paulo Pimenta caminhou com a Coluna Prestes e enviou seu apoio a Marcha Nacional Lula Livre.
"A marcha é o Brasil. O Brasil simbolizado por cada homem e mulher que vai chegar até o final da marcha e juntos enviarão um grande abraço ao presidente Lula", disse o parlamentar.
No quarto dia de Marcha, os manifestantes prestam solidariedade ao povo venezuelano e se posicionam contra a dominação estadunidense e imperialista no continente.
Ernesto Puhl, do setor de formação do MST de Santa Catarina e coordenador da Frente Brasil Popular, ressaltou a importância da integração latino-americana.
"É fundamental prestarmos solidariedade para o povo venezuelano. Esse continente, historicamente, foi colonizado pela burguesia, que invadiu os territórios para exploração da mão de obra e recursos naturais para levar toda nossa riqueza para fora do Brasil", explicou Puhl.
No entanto, o educador destacou que o povo latino-americano sempre resistiu e se articulou contra a dominação estrangeira. Ele reforça que nesse momento de avanço do conservadorismo em todo o mundo, é necessário fortalecer ainda mais a integração na América do Sul.
"São anos e anos de luta e resistência. Temos grandes exemplos como Simon Bolivar, José Martí, Fidel Castro, Che Guevara. Aqui no Brasil temos Luiz Carlos Prestes, Mariguella, e tantos outros como Zumbi dos Palmares e Dandara, que se posicionaram contra a política de subordinação desse continente", frisou Puhl.
No dia 15 de agosto, a Marcha Nacional Lula Livre fará um grande ato em apoio ao registro da candidatura presidencial do ex-presidente.
Também presente na marcha, Fran Casamayor, secretário de organização Partido Espanhol Podemos, falou sobre a importância da mobilização social para impedir a destruição de direitos.
"Eu estou muito impressionado com toda a organização do acampamento. Eu saúdo os companheiros do MST pela organização desta marcha. Eu gostaria de chamar os movimentos sociais, os movimentos populares, a continuar a luta pela democracia no Brasil. Não podemos permitir que as elites brasileiras consigam destruir todas as conquistas sociais que os governos progressistas obtiveram no Brasil e volte a ser uma colônia estrangeira".
Edição: Tayguara Ribeiro