Protesto

Médico divulga segundo boletim médico da greve de fome em Brasília

Ao quarto dia do protesto pela liberdade do ex-presidente Lula, primeiro grevista demonstra sinais de problemas de saúde

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação - O médico Ronald Wollf, responsável pelo acompanhamento da saúde dos grevistas, realiza exames

Os seis militantes que estão em greve de fome para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a rever sua posição relativa à prisão com condenação de segunda instância, avaliação que pode levar à liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros presos irregularmente no país, completaram quatro dias sem consumir nenhum tipo de alimento nesta sexta-feira (3).

Eles têm ingerido apenas água e soro, e a cada dia que passa, o cuidado para com a saúde de Luiz Gonzaga (Gegê), Zonália Santos Rafaela Alves, Vilmar Pacífico, Frei Sérgio Görgen e Jaime Amorim precisa ser mais rigorosa, pois além das dores de cabeça, ansiedade, insônia, desidratação e a fadiga, a perda de peso foi diagnostica.

“Nesse quarto dia greve, os seis participantes apresentam quadros de maior fadiga, dores de cabeça mais frequentes, alteração na pressão arterial. Estamos monitorando isso. Todos perderam peso, entre 900 gramas e 1,3 quilogramas, e alguns perderam massa das reservas de gordura. Quem tem pouca reserva pode começar a perder parte da massa muscular, e isso vamos acompanhar mais de perto”, explica o médico que acompanha a greve de fome, Ronald Wollf.

Um dos grevistas apresentou poliúria, que é o aumento da frequência urinaria. Isso significa a falta de sais minerais de reidratação oral, fator que a equipe médica tem monitorado e caso as alterações permaneçam, serão feitos exames laboratoriais mais complexos para ver se não há alterações renais, avalia Dr. Ronald que tem experiência de outras 3 greves de fome.

Edição: Diego Sartorato