Um ano após o desaparecimento do jovem Santiago Maldonado, centenas de argentinos planejam uma manifestação, nesta quarta-feira (1º), na histórica Praça de Maio, em Buenos Aires, capital do país, para exigir verdade e justiça.
Assim informou o irmão mais velho do ativista, Sergio Maldonado, que convocou a marcha em uma coletiva de imprensa realizada na véspera do protesto. “Vamos exigir verdade e justiça não só por Santiago, mas por todos os presos e desaparecidos na ditadura e na democracia”, afirmou, citado pela Prensa Latina.
Diversos coletivos de direitos humanos e organizações da sociedade civil estão convocando a atividade, que começará às 17h (hora local), em homenagem a Maldonado, que foi achado nas margens do Rio Chubut, na região da Patagônia argentina, no dia 17 de outubro de 2017, 78 dias após seu desaparecimento.
Em novembro do ano passado, a autopsia estabeleceu que Maldonado faleceu por “afogamento por submersão”, em um quadro “ajudado por hipotermia” e sem sinais de violência.
“Dizem que Santiago se afogou sozinho. Mas que gerou isso? O Estado, por meio da Guarda Nacional Argentina”, denunciou Sergio, em referência à repressão policial de uma manifestação da comunidade indígena Pu Lof de Cushamen, na região sul do país.
Na ação desta quarta (1º), em frente à sede do Executivo de Buenos Aires, os manifestantes denunciaram a impunidade que perdura nestes 365 dias. “O que fazemos há um ano é política, política de direitos humanos. Nesse sentido, um setor político, como este governo, não levam em consideração isso”, disse Sergio.
Edição: teleSUR | Tradução: Vivian Fernandes