Na madrugada desta terça-feira (24), integrantes do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no Ceará.
A Ocupação conta com aproximadamente 800 acampados e assentados das áreas de Reforma Agrária de todo o estado do Ceará e faz parte da jornada nacional de luta por terra, reforma agrária e por justiça, que segue até o dia 27.
A ação tem como pautas principais a luta contra a judicialização da política, assentamento imediato para mais de 150 mil famílias sem terra, por crédito, habitação, infraestrutura para os assentamentos, e também é para denunciar as medidas do atual governo, como; o desmonte do programa de comercialização (PAA e PNAE), a falta de crédito e assistência técnica para produção, habitação rural e projetos das mulheres assentadas, o programa de regularização fundiária, a lei dos agrotóxicos.
Segundo Paula Pereira, da direção estadual do MST no Ceará as manifestações no estado atendem a demandas importantes para os trabalhadores rurais.
“A jornada de luta do MST acontece em um momento importante da luta de classes, estamos na luta por Democracia, por Lula livre, mas é também um momento de cobrar do Incra a desburocratização para obtermos nossas conquistas, estamos pautando reforma das nossas habitações, novas habitações, os projetos fomento mulher, enfim, novos cursos pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), precisamos garantir que essas políticas públicas para o campo aconteça na prática e que não seja somente promessas”.
A jornada que iniciou ontem com a marcha por Democracia e Lula livre segue até o fim de semana. Amanhã, dia 25, é o dia do Trabalhador Rural.
Edição: Juca Guimarães
