O povo cubano se uniu em solidariedade à democracia no Brasil e ao direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer às eleições presidenciais em outubro. Desde o dia 7 de abril, por conta de uma manobra jurídica e uma condenação sem provas, Lula é mantido como preso político na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR).
A celebração ecumênica aconteceu em Havana, no sábado (14), no Centro Martin Luther King. Participaram do ato a presidenta do Partidos dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann; Joel Soares, coordenador do Centro Martin Luther King; Vagner Freitas, presidente nacional da Central Única dos trabalhadores (CUT); Sonia Mara, direção nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); e Gilmar Mauro, direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"Não vamos desistir, Lula voltará a ser presidente do Brasil", disse Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores.
A homenagem a Lula faz parte da programação do 24º Fórum de São Paulo, encontro de movimentos sociais progressistas e de partidos políticos de esquerda da América Latina.
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fez um discurso inflamado na abertura do evento e denunciou o golpe político no Brasil, que levou o país a uma profunda crise econômica. "Eles acabaram com todos os programas sociais, fizeram uma reforma trabalhista com um viés neoliberal, seguindo um modelo que foi derrotado na eleição. Essa segunda etapa do golpe é isso, implantar um modelo neoliberal que foi rejeitado", disse Dilma.
Em nota, Raúl Castro, primeiro-secretário do Partido Comunista Cubano, e ex-presidente cubano, reiterou que Cuba sempre estará ao lado do povo brasileiro. Confira a íntegra da mensagem: "Ao companheiro Lula, vítima de perseguição política e manobras golpistas, expressamos a nossa solidariedade diante da manobra para impedir a sua candidatura às eleições direitas. Lula, Dilma Rousseff, PT e povo brasileiro terão sempre Cuba a seu lado."
Veja o discurso da ex-presidenta Dilma.
Edição: Juca Guimarães