Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi intimado pela Polícia Federal a depor sobre uma ocupação simbólica realizada pelo movimento de moradia ao triplex do Guarujá atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ação ocorreu no dia 16 de abril, quando um grupo de sem-teto ocupou por cerca de três horas o apartamento, localizado na cidade de Guarujá, litoral do Estado de São Paulo. Apesar de não ter estado presente na ocupação, o pré-candidato usou uma rede social para explicar as motivações do movimento ao ocupar o triplex.
“Houve uma ação do movimento por conta da condenação sem provas do Lula, já que aquele triplex foi atribuído a ele. Foi contra esse absurdo que houve a ocupação simbólica daquele apartamento, mostrando, aliás, que as condições daquele apartamento eram muito diferentes do que o que se vendia”, afirmou.
Boulos criticou o inquérito aberto pela PF, o qual qualificou como uma tentativa de intimidação política. “É uma tentativa de atacar, criminalizar o movimento social e a mim, particularmente, que sou pré-candidato à presidente da República. Algo absolutamente lamentável”.
O político informou ainda que irá ao depoimento, marcado para esta quinta-feira (7), acompanhado de advogados e companheiros de partido como os deputados federais Luiza Erundina e Ivan Valente.
Edição: Nina Fideles