Se a tendência atual se mantiver, 2018 será o ano mais violento da história recente do México no que refere a agressões e assassinatos de mulheres no país. Estatísticas oficiais mostram que, dos 31 estados do país, 12 registraram aumento no número de feminicídios. De janeiro a abril, 258 mulheres foram assassinadas, das quais 70 apenas no mês passado.
As autoridades mexicanas advertem que o ano de 2018, caso o número de mortes continue nessa progressão, vai superar o de 2015, quando ocorreram 389 casos de mulheres assassinadas.
A Lei Geral de Acesso a Mulheres a uma Vida Livre de Violência é de 2007 e tem diferentes interpretações pelos governos estaduais do México. Em 12 deles, há legislações locais que tipificam o feminicídio.
A organização não governamental Observatório Nacional Cidadão diz, em estudo recente, que a cada 16 minutos uma mulher é vítima de homicídio doloso ou feminicídio no país. Segundo o relatório, armas de fogo e brancas são as mais utilizadas.
De acordo com a ONG, as análises de casos de homicídio doloso e feminicídio mostram que a maioria era de crianças e adolescentes com menos de 18 anos. As regiões mais violentas são Baja California, Guanajuato e Guerrero.
*Com Agência Brasil e Prensa Latina.
Edição: Opera Mundi