A cada 19 horas uma pessoa LGBT é morta no país. De acordo com dados do Grupo Gay Bahia, no ano passado 445 pessoas foram assassinadas no Brasil por serem LBGTs. E Minas infelizmente tem lugar de destaque neste ranking: o estado foi o segundo com o maior índice de assassinatos, com 43 homicídios. Somente nos 4 primeiros meses deste ano, 153 pessoas LGBTs foram assassinadas no país, 9 delas em Minas Gerais.
Para denunciar esta situação, entidades organizam a V Marcha contra LGBTfobia. A manifestação, que acontece no próximo sábado (19), traz como mote o tema “Não vão nos calar!”. A afirmação é em resposta aos diversos ataques que a comunidade enfrenta, como o assassinato da vereadora Marielle Franco, as perdas de direitos e o aumento da violência contra a população LGBT.
“Esse ano a marcha vai ter um caráter especial para nós. Ela está dividida em 4 eixos: pelo fim da violência; por democracia e direitos; Marielle, presente! e Lula Livre. Elegemos estes temas porque acreditamos que são os mais atuais quando o assunto é luta da população LGBTI”, afirma Carlos Magno, integrante do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual - CELLOS MG.
17 de maio é o Dia Nacional de Combate à LGBTfobia
A data marca o dia em que a Organização Mundial da Saúde retirou a homosexualidade da Classificação Internacional de Doenças. A celebração nacional foi estabelecida em junho de 2010 com a promulgação do decreto federal criado por Lula. “Diante desse momento de aumento dos discursos de ódio, nós queremos reafirmar que defendemos os direitos, a democracia e Lula Livre! Entendemos que este ataque ao ex-presidente também é um ataque contra aqueles que lutam pelos direitos, inclusive a população LGBT”, declara Carlos Magno.
A V Marcha contra LGBTfobia da Região Metropolitana de BH acontece neste sábado (19) às 14 horas na Praça Sete. Integrando a agenda de luta contra LGBTfobia acontece nesta quinta-feira (17) o lançamento do livro “Família Invisíveis, coletânea de contos e poemas LGBTs”. O evento será realizado no Cine Santa Tereza às 18 horas.
Edição: Joana Tavares