A falta de infraestrutura em áreas da zona norte do Rio de Janeiro tem sido motivo de transtornos para os moradores do bairro de Coelho Neto. A região concentra um alto fluxo de usuários dos transportes públicos por ser o único ponto da cidade de ligação entre a Avenida Brasil, uma importante via expressa do Rio que corta 26 bairros do município, com a estação de metrô.
De acordo com os moradores do bairro, o fluxo de passageiros ficou muito maior após a implementação do Terminal Rodoviário em Coelho Neto. O mediador de conflitos e morador do bairro, Julio Lacerda, explica que a única passarela que liga ao metrô não comporta mais o a quantidade de passageiros que transita diariamente pelo local.
“É uma passarela que tem engarrafamentos de pessoas e são trabalhadores que muitas vezes brigam entre si. Há a necessidade de se construir um outro espaço de passagem para os carregadores da CEASA (Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro). Muitas vezes as pessoas que transitam por ali não entendem a realidade desses trabalhadores da CEASA. Eles têm legitimidade de passar ali, mas muitas vezes acabam hostilizados”, relata Lacerda.
Um outro morador e usuário do metrô que prefere não se identificar destaca que já acionou a prefeitura para exigir melhorias na infraestrutura de deslocamento de passageiros na estação de Coelho Neto, contudo, não obteve resposta.
“Eu gostaria que fizessem mais passarelas com o objetivo de melhorar o espaçamento entre os camelôs e melhorar a organização deles também. Eu trânsito todos os dias e qualquer horário que você chega, ou sai é uma dificuldade muito grande”, afirma.
O Brasil de Fato entrou em contato com Secretaria Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação para saber se providências estão sendo tomadas para resolver a situação. A assessoria de comunicação informou que a secretaria não recebeu nenhum pedido de nova passarela para o bairro. O órgão informou que os moradores devem fazer as sugestões e reclamações para a ouvidoria da prefeitura pelo telefone 1746 ou pelo site www.1746.rio.
*Esta reportagem foi sugestão de ouvinte da Rádio Brasil de Fato RJ
Edição: Raquel Júnia