O movimento social Levante Popular da Juventude lançou na noite da última segunda-feira (7) seu terceiro acampamento estadual do Rio de Janeiro em um evento no Sindicato dos Médicos, no centro do Rio. O objetivo do movimento é construir um encontro de mais 500 jovens entre os dias 31 de maio e 3 de junho, durante o feriado de Corpus Christi, na Reserva ambiental dos Petroleiros, no Tinguá, em Nova Iguaçu.
Com o lema "Lutar! Defender a democracia com o projeto popular" o movimento espera levar jovens de diversas realidades e de todas as regiões do estado para o encontro. Desde jovens da periferia da capital, interior e campo, até estudantes universitários e secundaristas. "A perspectiva é reunir para que a gente faça um grande processo de mobilização e luta", contou Bianca Campos, militante do movimento.
Sobre a importância do lançamento, Campos avaliou que foi um importante ato político. "É importante essa demonstração de unidade, de construção de uma saída coletiva para as crises que a gente está vivendo", explicou. Ela ainda destacou a importância da iniciativa inserido no cenário de ameaças aos direitos que o país vive. "A construção desse acampamento nessa conjuntura de muito retrocessos é para criar um processo de enraizamento do movimento, de ampliação do trabalho de base e de exemplo pedagógico, de construir agora o que queremos para o futuro", completou.
Diversos movimentos, sindicatos e mandatos do campo progressista estiveram presentes. Como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pré-candidato a deputado federal, José Maria Rangel, o vereador e pré-candidato ao governo do Rio, Tarcísio Motta (Psol) e juventudes, como a Kizomba. "O Levante consegue estar nas principais lutas do Brasil, que está na construção da unidade das frente e movimentos, muito importante participar. Quanto mais juventude organizada, mais chances a gente têm de mudar o futuro do Brasil", comentou Vitor Guimarães do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) durante o evento.
Financiamento coletivo
Durante o lançamento, o movimento também apresentou uma das formas de viabilizar economicamente o acampamento: uma campanha de financiamento coletivo, ou seja, uma vaquinha online. Eles estão pedindo R$15 mil até o dia 31 de maio, quando começa o evento, para custear os mais de 2 mil cafés da manhã que vão ser servidos durante os 4 dias do acampamento. A colaboração deve ser feita no site da Benfeitoria https://benfeitoria.com/3AcampaRJ e tem contribuição possível para todo os bolsos. Os valores vão de R$10 até R$ 5 mil.
Edição: Jaqueline Deister