VIOLÊNCIA

"Um carro passou e voltou atirando", relata testemunha de atentado em Curitiba

Coordenação da vigília Lula Livre exige apuração dos fatos e mais segurança no local

Brasil do Fato | Curitiba (PR) |
Protesto acontece logo após o atentado em Curitiba; rapaz está na UTI
Protesto acontece logo após o atentado em Curitiba; rapaz está na UTI - Neudicleia de Oliveira

Duas pessoas foram feridas, uma delas está hospitalizada, internada às pressas no Hospital do Trabalhador, com um tiro no pescoço. A outra vítima é uma mulher que se feriu com estilhaços a partir das balas que perfuraram a estrutura do acampamento Marisa Letícia, localizado na rua Padre João Wislinski, 260, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. O atentado aconteceu na madrugada deste sábado (28).

“Ele estava consciente, sem risco de vida, perdeu bastante sangue, a bala perfurou, mas não ficou alojada. No acampamento estávamos na porta na segurança, um carro passou e voltou atirando”, informa o segurança que estava no local e acompanhou uma das vítimas ao Hospital do Trabalhador.

A autoria do ataque a tiros ainda não foi identificada até o momento. Apenas após solicitação, três viaturas foram até o local fazer os registros necessários.

A informação de pessoas que estavam no acampamento aponta que havia movimentação de carros passando em frente ao local desde às duas horas da madrugada, gritando palavras de ordem e provocações.

Mais segurança na região

Em nota, a coordenação da vigília afirma que vinha cobrando a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Diz o texto: “Desde o dia quando houve a mudança de local de acampamento (17), cumprindo demanda judicial, integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento”.

Presente no acampamento desde às quatro horas da madrugada, Dr Rosinha, presidente do PT estadual e integrante da coordenação do acampamento afirma que a pressão agora também é para apuração dos fatos. “Nós desmanchamos o acampamento cumprindo ordem oficial. Fizemos a opção de ir para um terreno e seria garantida a segurança. Agora o que cobramos da Secretaria de Segurança Pública é investigação, que identifique o atirador”, enfatiza.

Edição: Juca Guimarães